terça-feira, 15 de abril de 2014

REENCONTROS

Se há coisa que aquece a alma é rever amigos queridos, daqueles que vemos raramente. Olhamo-nos nos olhos, vemos que estamos bem, como se o tempo não tivesse passado. Apesar de às vezes ter passado já muito tempo desde que nos vimos pela última vez, quando nos revemos é como tivesse sido ontem – não em relação a saber todos os pormenores da vida um do outro, isso pomo-nos a par do essencial – mas percebemos que o carinho profundo que sentimos. E sem cerimónias, com a guarda em baixo, pomo-nos logo a conversar sobre as coisas mais banais que fizemos ontem. Sentimo-nos em casa. É bom poder contar uma banalidade, não ter que fazer esforço para ter uma conversa minimamente “inteligente”. É como se contando o que comi ao almoço, percebessem a minha toda nos últimos meses. E não será mesmo assim?

Foi assim este fim-de-semana. Com um Amigo emigrado nas Áfricas, com uma Amiga pronúncia andaluza, e com um Amigo dos Balcãs que regressa a Lisboa mais de dois anos depois. Já tinha chegado há uns dias, mas a oportunidade de nos encontrarmos ainda não tinha surgido. E o reencontro foi por casualidade, uma boa surpresa, na mesma praça onde nos tínhamos despedido há muitos meses. 

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